A estrutura narrativa foi algo que me despertou imenso o interesse pois, habitualmente, o argumento é-nos contado através de momentos narrativos enquanto que, no Baby Driver, passamos uns primeiros longos minutos sem falas (ou falas significativas) mas isso é algo que nem sequer nos apercebemos visto o complemento visual ter uma enorme importância!
Nos primeiros dois planos do filme, como já anteriormente mencionado, são-nos apresentados os dois grandes elementos do filme: o carro, que simboliza o trabalho de Baby (e que, durante toda a perseguição percebemos que ele é bom no que faz) e a música que é um elemento de grande valor durante todo o decorrer da narrativa, elemento já explicado no ponto "a importância da música". No entanto, mesmo isso não sendo muito explícito, é algo que nessa primeira cena, facilmente acabamos por compreender.
Outro ponto é a divisão das personagens; devido ao costume design rapidamente percebemos que Baby não se enquadra dentro daquela equipa (enquanto estão todos de sobretudo preto, Baby está a usar roupa preta e branca).
Mais à frente e já no fim dessa cena, durante o plano de sequência, voltamos a ter frisada a importância da música.
Ainda durante esse plano, no café, através da transição do coração preto para vermelho (algo assinalado no vídeo anexado no ponto do plano de sequência) percebemos que Baby despertou um certo interesse na rapariga que viu passar, mesmo só mais à frente vermos que é fatual.
De seguida, Baby dirige-se para o local de trabalho, levando quatro cafés, acabando nenhum deles sendo para si. Outro ponto que confere que ele está um pouco à parte daquela equipa, que acaba por estar apenas por obrigação ou compromisso.
Entretanto já percebemos um pouco do que trata o argumento sem sequer ter havido grandes diálogos ou sequer narrador, tudo graças a uma excelente narrativa de imagem que, através de vários detalhes, nos transmite o que precisamos de saber, sem ser demasiado óbvio!
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